O preconceito e desinformação têm atrapalhado muito o tratamento adequado da depressão. De acordo com uma pesquisa na cidade de São Paulo e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza e Distrito Federal, estes são fatores mais comuns na vida dos homens que possui depressão.

30% dos entrevistados do sexo masculino acreditam que a depressão está relacionada à falta de fé ou não sabem avaliar se isso é verdade, enquanto apenas 17% das mulheres pensam da mesma forma.

Outro dado assustador apontado pela pesquisa foi que homens desconhecem o tratamento, que é baseado em medicamentos e terapia. Mais da metade dos homens (55%) creem que atitude positiva e alegria de viver são suficientes para enfrentar a chateação ou não sabem opinar sobre essa afirmação.

Além disso, pessoas do sexo masculino acreditam com mais ênfase na ligação da depressão com fraqueza. Na pesquisa, 29% dizem não estar convencidos de que isso é um mito. E pelo menos um em cada cinco (21%) alegaram que não tomariam antidepressivos mesmo com prescrição médica. Entre as mulheres, o índice cai para 16%.

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), é algo muito preocupante. Dentre os transtornos mentais, a depressão lidera o ranking.

Entretanto, a boa notícia é que os brasileiros estão dispostos a ouvir o outro sem julgar, caso a pessoa queira se abrir sobre a doença (69%). Grande parte dos entrevistados também concorda que o assunto deveria ser mais discutido (22%). Temos, portanto, uma oportunidade de melhorar essa situação e acbar de vez com o preconceito.

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